Estudo da vinculação e da empatia em adolescentes
Os autores estudaram o nível de Empatia Afetiva e Cognitiva em 26 adolescentes institucionalizados em estabelecimentos que acolhem jovens em risco, e ainda o tipo de vinculação e a perceção que eles têm das suas relações precoces com os pais. Este estudo visa conhecer melhor os jovens no sentido de implementar estratégias de intervenção que permitam melhorar o comportamento social de jovens em risco e necessitados de medidas educativas especiais.
Foram utilizados para este estudo três instrumentos já aferidos para a população adolescente portuguesa e que são: a Escala de Empatia Básica (Jolliffe, 2005; versão portuguesa: Nobre Lima, Rijo & Matias, 2011), O Inventário de Vinculação na Adolescência-IPPA (Armsden & Greenberg,1987; versão portuguesa: Lúcia Neves, 1995) e o Desenho de Círculos Representativos da Família (S. Pipp, P. Shaver, S. Jennings, S.Lamborn & K. W. Fischer, 1985; versão: M.C. Canavarro).
Os resultados obtidos e que foram comparados com os resultados obtidos por Susana Anastácio (2013), numa população de 344 adolescentes permite-nos identificar nestes jovens do PIAC uma empatia em média mais baixa que na população escolar já estudada.
Foi possível comparar os resultados obtidos nos adolescentes do PIAC com os resultados obtidos com o IPPA e com o Desenho dos Círculos Representativos da Família numa população de 400 Adolescentes em que o teste de Mann Whitney mostrou que esta população do PIAC difere significativamente da população normal na Vinculação aos amigos e na subescala de Alienação aos amigos do IPPA, tal como nos resultados obtidos por Susana Anastácio (2013). Foi significativa também a diferença entre os grupos de adolescentes quanto à perceção que têm da distância aos pais na relação precoce.