ADOLESCÊNCIA

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O termo adolescência deriva etimologicamente da palavra Adolescere, que significa crescimento. Caso para dizer que a adolescência pode, ou deve, acontecer em vários momentos, ao longo do ciclo de vida de cada um(a). Contudo, o período de vida a que nos referimos é complexamente marcado por transformações que vão desde as biológicas e pubertárias às psicoemocionais e relacionais.

Aos profissionais de saúde exige-se, como tal, o conhecimento especializado sobre o desenvolvimento, os processos cognitivos e emocionais característicos desta fase da vida, bem como o treino e competências especificas. A expressão clínica dos sintomas entre os adolescentes é, muitas vezes, diferente da que acontece com os adultos. Algumas destas manifestações, mesmo que exuberantes, podem ser meramente transitórias e uma forma de restaurar o equilíbrio necessário. Outras vezes, podem interferir significativamente com o bem-estar psicológico presente e futuro. Nesse caso, se persistentes e perturbadoras, podem exigir a avaliação e intervenção clínica.

De qualquer forma, importa salientar o fundamental: o processo de crescimento durante a adolescência implica sempre mudanças e quase sempre algum risco. Estas põem à prova aqueles que por elas passam, mas também os adultos, principalmente os cuidadores e os pais. Todos são chamados a participar neste processo, para o qual se exige criatividade e flexibilidade e, nas situações mais complexas, resiliência. A experiência clínica no atendimento a adolescentes mostra-me claramente que também os pais devem ser integrados no processo psicoterapêutico dos filhos. Quase sempre os próprios filhos reconhecem esta necessidade. Os pais, pelo lugar que ocupam e pelo sentido que dão ao seu papel são quem, muitas vezes, mais precisa de apoio e orientação.